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  Contagem, quinta-feira, 28 de março de 2024.

Inhame em safra atinge menor preço do ano

Verlan A. Homem

 

Apesar de sua versatilidade na culinária, podendo servir de base até para vitaminas e iogurtes, ele ainda é muito associado ao preparo de pratos quentes. De origem africana, o inhame está em plena safra na CeasaMinas, onde o preço médio do produto em maio foi o mais baixo para esse mês desde 2013. O valor do quilo ficou em R$ 1,24 no atacado do entreposto de Contagem, igualando-se ao preço médio de maio de 2015. O período de maio a setembro corresponde ao pico da safra, quando o inhame, além de mais barato, também apresenta melhor qualidade. 

Segundo dados do Departamento Técnico da CeasaMinas, o preço mensal registrado em maio também foi o menor até o momento desde o início do ano. Para se ter uma ideia, em janeiro passado, o quilo do tubérculo, em entressafra, chegou a custar R$ 1,71 no atacado, valor quase 40% maior.
Já no período de 1 a 13 de junho, o mercado atacadista registrou pequena elevação do preço do inhame em relação a maio, ficando em R$ 1,28/kg. Segundo o chefe da Seção de Informações de Mercado da CeasaMinas, Ricardo Fernandes Martins, é possível que haja novas quedas de preços durante a safra, o que pode não ser tão positivo para o consumidor a longo prazo. “Sempre que o preço de um produto cai muito, a exemplo de agora, é comum produtores ficarem desestimulados e reduzirem áreas plantadas para a próxima safra. Isso naturalmente reduz a oferta e tende a elevar bastante os preços mais à frente”, explica.

 

Custos X Preço
Se encontrar uma mercadoria mais barata é desejo de todo consumidor, para muitos produtores é motivo de preocupações. Eles alegam que as quedas de preços em geral não são acompanhadas por um alívio nos custos. “Em relação ao ano passado, a situação de preço para o produtor está de igual para pior. Por outro lado, só de combustível nesse período meu custo ficou 40% maior; já com adubo, estou pagando 20% a mais”, ressalta o produtor rural Paulo Fernandes da Cunha, do município de Crucilândia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).
Cunha afirma que aumentou a área plantada para esta safra, de 15 para 25 hectares, o que tem permitido a ele trazer de 700 a mil sacos de 20 quilos cada, por semana, ao Mercado Livre do Produtor (MLP) da CeasaMinas. Para tentar compensar os baixos preços de agora, ele colhe durante o ano, apostando no período de entressafra para garantir mais rentabilidade, quando o inhame estará mais caro.
“O problema é que quando a mercadoria fica muito barata, as vendas também caem aqui no MLP, porque em todo lugar tem mercadoria disponível”, ressalta outro produtor rural, José Aguinaldo Marques Parreiras, de Lagoa Dourada, na região mineira do Campo das Vertentes.
Lidando com o inhame desde 1963, ele também apostou nesta safra, conseguindo aumentar em até 30% a produção em relação ao mesmo período do passado, dentro da mesma área. Segundo Parreiras, chuva e sol na dose certa contribuíram para o bom resultado.

 

Inhame com certificado de origem
Um produto com qualidades únicas, em razão de condições naturais, como solo, vegetação e clima, próprias de uma região. É o que garantem os produtores do Inhame de São Bento de Urânia, nome da Indicação Geográfica (IG) conferida ao produto cultivado na região do Espírito Santo que engloba seis municípios: Alfredo Chaves, Domingos Martins, Marechal Floriano, Vargem Alta, Venda Nova e Castelo. Concedido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), o selo da IG visa diferenciar determinados produtos por suas qualidades, agregando valor às mercadorias.

 

Procedência
No entreposto de Contagem, o Espiríto Santo é um importante fornecedor de inhame, sendo responsável em 2017 por ofertar 25% das cerca de 20 mil toneladas do tubérculo. Os demais 75% são trazidos por municípios mineiros.

Vale destacar ainda que apenas dois municípios, um capixaba e outro mineiro, respondem por cerca de 30% de todo o inhame ofertado na CeasaMinas. São Rio Manso (MG), responsável por 17,1% do volume total, e Laranja da Terra (ES), com 12,7%.

Nutricionalmente, o inhame é altamente energético, contribui para a formação dos ossos, dentes e sangue, além de auxiliar o crescimento e o desenvolvimento. É bom para a pele, evita problemas digestivos e do sistema nervoso. O inhame é superior à batata em teores de amido, proteína e vitaminas do complexo B, além de exigir menos tempo de digestão do que a batata.

Outras informações sobre produtos em safra, Boletim Diário de Preços, dentre outros tópicos relacionados à comercialização de produtos podem ser acessados no link Informações de Mercado, no site da CeasaMinas.

 

Mais informações:
Departamento de Comunicação CeasaMinas (31) 3399-2011/2012/ 2036

 


Notícia de 15/06/2018.

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