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A CeasaMinas e a Vigilância Sanitária da Prefeitura de Contagem promoveram, no último dia 23/8, uma palestra para orientar produtores rurais e expositores sobre a legislação relacionada às boas práticas de produção, comercialização e manipulação de alimentos processados. A equipe de fiscalização do município explicou quais procedimentos devem ser observados para obtenção de documentos como o alvará sanitário e a rotulagem, itens que visam atestar a origem e a qualidade dos alimentos vendidos no Mercado Livre do Produtor (MLP) do entreposto de Contagem.
As normas englobam alimentos processados diversos, a exemplo de doce, farinha, mel, cachaça, queijo, pimenta, carne, dentre outros, comercializados no MLP, de segunda a sexta-feira, e aos sábados, no varejão. Segundo o inspetor de Saúde Pública de Contagem, Charles Cardoso de Jesus, a falta de conhecimento de muitos produtores sobre a legislação ainda é o principal obstáculo para adequação às normas sanitárias. Ele citou o exemplo de um produtor de cachaça presente à palestra, o qual já estava regularizado junto ao Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). Entretanto, o produtor acreditava que necessitaria de uma outra autorização do Ministério da Agricultura (Mapa). “Como ele não vendia a cachaça para fora de Minas Gerais, explicamos que esse documento do Mapa não seria obrigatório. Portanto, a situação dele já estava regular”, exemplifica.
De acordo com o chefe do Departamento Técnico da CeasaMinas, Tarcísio Silva, a realização da palestra ocorre antes de a fiscalização vir a ser intensificada pela Vigilância Sanitária. “Antes de cobrar deles, queremos nos certificar de que todos estão cientes das regras, de modo a permitir a venda regular de alimentos seguros ao consumidor”, afirma.
Bom exemplo O produtor Daniel Fonseca Costa comercializa de 200 a 300 quilos por semana de queijo minas artesanal do Serro, no MLP de Contagem. Ele explica que já se regularizou junto ao IMA, o qual exigiu dele várias adequações, tais como o curral, certificados de vacinação do gado e comprovantes de períodos de carência entre a medicação dos animais e as ordenhas, entre outros itens.
O próximo passo é a comercialização de queijos maturados, além de manteiga e doces artesanais, o que vai requerer novas adaptações. “Tivemos que investir, mas valeu a pena porque isso tudo melhorou a aceitação do nosso produto e qualidade da mercadoria”, ressalta.
Além de comercializar na CeasaMinas, Costa conta que também distribui o queijo para o Mercado Central de Belo Horizonte, e exporta pequenas quantidades para Japão, Inglaterra e Estados Unidos.
Mais informações: Departamento de Comunicação CeasaMinas (31) 3399-2011/2012/2035/2036
Notícia de 28/08/2018.
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