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 Técnicos da CeasaMinas estiveram em Uberaba e Uberlândia para apresentar o projeto Caminhos da Inclusão para produtores rurais dos projetos de assentamento da reforma agrária Monte Castelo e Flávia Nunes. A ideia foi compartilhar informações sobre o funcionamento dos entrepostos da CeasaMinas e convidá-los para comercializar seus produtos nesses locais.
Em Monte Castelo, a comitiva da CeasaMinas escutou histórias de dificuldade e superação. O produtor familiar Juvêncio Cabral conta que começou plantando mandioca. “Eu não consegui vender esse produto”, lembra. Depois disso, plantou gueroba. “Foi um fracasso. O sentimento é de impotência de ter que voltar com o produto pra trás. A gente fica desmotivado de fazer o que tem que fazer. Isso vai cansando a gente. A gente vai tentando ano após ano, ano após ano. É o caso de muitos companheiros, que plantaram macarujá, abacaxi, melancia, abóbora, quiabo. Plantaram de tudo, mas infelizmente foi frustrado, porque não tinha onde vender”, afirma Juvêncio, que, atualmente, desistiu dos hortifruti e trabalha com gado de corte.
O projeto Caminhos da Inclusão foi criado pela CeasaMinas justamente para ajudar o produtor rural de grupos prioritários – quilombolas, assentados da reforma agrária, povos originários e agricultura urbana e periurbana – a conseguir vender suas produções, por meio da criação de condições especiais. “É bom dizer que o que estamos fazendo não é caridade. É papel da CeasaMinas, enquanto empresa pública, promover essa inclusão”, afirma Wilson Guide, chefe do Departamento Técnico da CeasaMinas.
Além dele, participaram da visita Michel Rodrigues, coordenador da Seção de Agroqualidade, Vinícius Barros, chefe do Departamento de Unidades do Interior, Cláudio Rodrigues, gerente da unidade da CeasaMinas em Uberlândia, e Élbia Barbosa, funcionária da CeasaMinas em Uberlândia.
No assentamento Flávia Nunes, a equipe da CeasaMinas ouviu histórias inspiradoras, como a da produtora Rosa Maria. “Nós chegamos aqui em 2004. A terra é abençoada. O que você coloca nela, ela retorna. Nós plantamos 700 pés de maracujá na nossa primeira produção. A gente arrastava o maracujá no saco. Com o dinheiro da venda, compramos seis carrinhos de mão. Loguinho, nós conseguimos compramos um trator”, comemora. Hoje, a comunidade do assentamento Flávia Nunes possui uma agroindútria familiar, onde faz o processamento da mandioca e produz quitandas.
Notícia de 24/11/2025.
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