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 Com a proximidade do fim de ano, das férias escolares e do verão, um produto que sempre é lembrado é o coco-verde. E a boa notícia para os compradores é que o fruto fechou o mês de outubro com queda de 17 % no preço médio em relação a setembro (R$ 1,12/un. para R$ 0,93/un.), no atacado do entreposto de Contagem. Quando comparado a outubro de 2020 (R$ 0,98/un.), o produto também ficou mais barato, com redução de 5,1%.
Nos primeiros 15 dias de novembro, o produto apresentou leve recuperação de preço, ficando em média a R$ 0,98/un. Segundo o chefe da Seção de Informações de Mercado da CeasaMinas, Ricardo Fernandes Martins, o período de outubro a fevereiro é tradicionalmente o de maior procura pelo coco-verde no entreposto, por causa do calor. Ele explica que, a depender do volume ofertado em cada ano, os preços poderão ser maiores ou menores.
Na prática, muitos produtores acabam regulando a entrega do coco-verde na CeasaMinas conforme o movimento do mercado, de modo a não elevar muito a oferta e derrubar os preços.
É o que busca fazer o agricultor Natanael Paulino, de Mantena (MG), para evitar excedentes de mercadorias em sua área no Mercado Livre do Produtor da CeasaMinas em Contagem. Atualmente, ele traz 2 mil cocos por semana mas já chegou a vender três caminhões contendo, em cada um, 8 mil unidades do fruto, antes da pandemia da Covid-19.
“Estamos passando por um momento ruim, com redução das vendas e aumento de custos. O frete, por exemplo, passou de R$ 1,5 mil para R$ 3,5 mil mas os preços do coco não acompanharam, sem falar nas altas de mão de obra, defensivos e outros insumos”, lamenta.
Nesse dia 18/11, ele comercializava a dúzia entre R$ 10 e R$ 15 no atacado. “O preço mínimo para cobrir os custos seria de R$ 1,60 por unidade”, explica. O produtor espera aumento das vendas principalmente em janeiro, o que para ele seria insuficiente: “Precisamos é vender durante todo o ano, para compensar os custos”.
À espera do clima
O produtor Carlos César Almeida Reis,do município de Engenheiro Caldas (MG), lembra que a temperatura é o fator mais determinante para a definição do preço: quanto mais quente, maior a demanda. Ele traz 3 mil cocos por semana ao MLP. Para complementar a renda, ele também comercializa mudas de coqueiros e coco-seco, além de jaca. “Nossos principais clientes são os pequenos varejistas e os vendedores ambulantes”, explica.
Segundo Reis, quando o produto está mais maduro, é comum ficar com a casca escurecida, o que não compromete a qualidade da água. “Como o consumidor compra com os olhos, temos dificuldade de vender quando está assim. Nesse caso, doamos para o Prodal Banco de Alimentos, já que o coco ainda está em perfeitas condições de consumo”, detalha.
Na hora de o consumidor escolher, ele dá a dica: prefira o coco-verde mais arredondado e mais pesado, pois possuem mais água.
O Espírito Santo é o maior fornecedor de coco-verde para a CeasaMinas em Contagem, sendo responsável por 46,3% do total ofertado. Em seguida, vêm Bahia (38,5%); Pernambuco (8,8%) e Minas Gerais (5,9%).
Demais produtos em safra e outros dados, como o Boletim Diário de Preços, podem ser consultados pelo link Informações de Mercado do site da CeasaMinas.
Mais informações: Departamento de Comunicação CeasaMinas (31) 3399-2011/2035/2036 Notícia de 19/11/2021.
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